Sim, este foi um ano difícil. O mais
difícil ano de minha vida porque, de repente, tive que enfrentar uma realidade
muito conhecida e, ao mesmo tempo, completamente ignorada: não somos eternos. Não
o somos e disso todos nós sabemos desde
cedo na vida. Contudo, como parvos
adolescentes, cremos que qualquer mal está sempre muito longe de nós e que ele
não nos poderá atingir. Pelo menos era assim que eu vivia até este ano; até o que
eu chamei de o pior ano de minha vida.
Porém, (e sempre haverá os poréns porque
Deus é cheio de ideias para enredos, e escreve o certo de um jeito que não o
parece ser), com todos os problemas deste ano, com todas as dores e a tristeza,
com a tal da doença sem cura que ganhamos aqui em casa, vieram coisas muito
boas também. Neste ano descobri que minha mãe tem uma força e uma coragem que
eu desconhecia, e que desta força dela faço mais forte a força minha. Percebi
nestes dias que o amor que há entre nós é muito mais forte do que eu imaginava
ser, e cuidei da minha mãe como nunca havia feito; como quiçá nunca faria. Fui
a mãe da minha mãe por um tempinho, e o carinho multiplicou-se
Descobri em 2014, acima de tudo, que
os bons amigos que tenho são mais que bons; eles são geniais! Pois, por eles minha
família e eu nos sentimos amparados durante os momentos mais difíceis. Então,
eu quero dizer que nada, mas nada mesmo nesta vida vale mais do que este amor
que existe sem obrigação de ser. Somos amigos, somos a família que construímos
e que nos foi dada por obra divina e isso significa um bem-querer sem regras ou
restrições. Seguimos juntos na vida porque assim queremos seguir, porque juntos
nos divertimos, rimos e fazemos rir mesmo quanto a vontade é chorar.
Por tudo isso, mesmo que o ano tenha
sido um tanto mais complicado, agradeço muito por tudo de bom que nele houve; e
houve muita coisa. E, principalmente, agradeço por ter vocês, meus queridos,
tão perto de mim nesta vida. Amo-vos verdadeiramente e para todo o sempre.
Feliz Natal e que 2015 seja melhor
para todos nós.