quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O castanho


olhos castanhos como os de tantos que passeiam pelas ruas
têm cor de terra, madeira, chá e mel
eles são os meus, os deles e os teus,
olhos de brancos, negros, ocidentais e orientais
todos eles e todos nós somos iguais
mais claros com a luz do dia ou quando a emoção nos contagia
escuros, quase pretos com o desespero, o sofrer e ao sol se esconder
não são da cor do céu ou do mar, pobres olhos comuns
aos quais não dão valor algum
olhos castanhos meus queridos vira-latas, olhos sem raça
são doces como o chocolate, o pão de mel e a avelã,
café e Coca-cola de manhã
vejo os nos rostos cheio de segredos, olhos de guerreiro,
 velhos orixás, índios, e samurais
trazem amor e ritmo a minha vida,
meu samba.

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