2015
O ano de 2015 resolveu ser uma
vertigem. Assim tem sido este ano no qual tudo parece querer acontecer de um
repente e sem muitos rodeios. A característica destes 365 dias que ainda não
findaram tem sido a velocidade; a sua característica camaleônica para a mudança
instantânea. Meu mundo, neste ano, já mudou algumas vezes e me sinto, nalguns
dias, como se tivesse numa montanha-russa moderna: a ver o mundo de ponta
cabeça.
Não posso dizer que tenha sido um
ano ruim, ou um ano pior do que os outros, já que nele coisas muito boas,
excelentes, e outras, as ruins, (aquelas para as quais não temos vontade alguma
e rezamos para que elas aconteçam apenas bem longe de nós), aconteceram de
maneira equilibrada. Ganhamos a Vitória e perdemos a minha Mãe. Vi como o mundo
é lindo na companhia de meus pais, de meus sobrinhos e afilhados, e coisas
horríveis pela televisão. Despedi-me do amor desta vida e vejo o amor dar seus
primeiros passos nas vidas dos meus miúdos. Pois, nada do tédio e da mesmice
dos anos que passam sem deixar marcas para o tal do 2015, que este ano, sem
muito aviso, veio para não ser esquecido jamais.
“C’est la vie!”, e contra a vida não
podemos lutar, não devemos fazê-lo. Devemos é compreender que por mais que
queiramos controlá-la, por mais que achemos que somos donos de nossos narizes e
que teremos nossas vidas em nossas mãos, nunca o faremos por completo. A vida é
mudança e movimento; sempre. E sem
mudança não haveria graça alguma em estar vivo. Não haveria perdas, é certo,
mas nem ganhos, não teríamos com o que sonhar e nem pelo que lutar. Sem saber que tudo acaba, e acaba
definitivamente, nada teria para nós o valor imenso que tem. Somos efêmeros,
como é tudo aquilo que nos cerca e que fazemos, e por isso, o certo não é lutar
contra a vida, mas aproveitá-la da melhor maneira que sabemos e podemos.
É verdade que as mudanças, vez ou
outra, deixam-nos zonzos, e que tanto rir muito como chorar demais faz parte da
estória. Porém, como já disse o outro, e eu mesma em outros momentos já
plagiei: a promessa que temos é de que a vida pode ser bela, não fácil. Então,
que venham mais anos, como o maluco ano de 2015, cheio de novidades.