A Paixão Rotunda
Não, nenhum time
de futebol é mais importante do que as coisas mais importantes da vida. A
família, os grandes amigos, a carreira e muito mais, sempre que paramos e
pensamos a sério sobre a questão, veem primeiro, não? Sim, estas coisas veem
primeiro. Porém veem sem uma afirmativa categórica e final em meio a um muxoxo.
Veem, né?!
Não há o que
discutir sobre isso, contudo, não há como discutir também, e da mesmíssima maneira,
a grande paixão que acompanha o futebol. Ter um time do coração é ter um amor eterno
e desinteressado, algo próprio das almas inocentes que creem em heróis e
milagres, e que nos acompanha desde a infância. É sentir uma paixão rotunda e
perfeita como a bola que não necessita lógica ou explicação. Algo que se compreende
automática e plenamente com a expressão: é o meu time de coração.
Pois que o
coração bate mais rápido apenas por um time só. Sempre. E torna-se difícil
assistir impavidamente a uma partida qualquer deste time que em nossa alma se sobrepõe
a tal da seleção nacional sem qualquer sombrinha de dúvida que seja. Gosto da Seleção
Canarinha, claro, mas o Timão é o Timão e ponto final. E com ele há a ansiedade, há o desejo de
chutar a bola, há a certeza de que os nossos olhos fazem toda a diferença no
final da contenda e que, por isso, não podemos desgrudar-los da tela plana até
o último segundo com pena de um castigo fatal; perder.
Domingo é dia de
bola, e neste domingo mesmo com o placar a marcar 3 a 0 para mim, os nervos
estavam à flor da pele. Não dá para não sentir o coração apressado e a garganta
em nó. Faltam apenas 8 rodadas para o final deste Campeonato Nacional onde sou
líder e, com um misto da soberba certeza de quem sente que tudo dará certo e do
cuidado de quem sabe que nada está definido, começo a tecer a nova faixa na
imaginação. Sim, assim como em 2012 na Libertadores e no Mundial, sinto que a
Taça é nossa e que é apenas uma questão de dias, um mês e pouco, para o grito
cá guardado sair enlouquecido pela boca afora. É Campeão!
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