Uma carta para Ti
Ontem passamos teu primeiro aniversário sem ti, Mima. Estranho isso. Estranho não ter para
quem dar o tal do Feliz Aniversário direito, não ter presente para comprar, não
haver um bolo a fazer. Foi estranho como foi estranho o meu aniversário sem ti este ano.
Como estranho será celebrar o Natal e ver o próximo ano chegar. A vida segue,
claro, e estamos bem. Contudo há esta saudade doída e uma pequena tristeza que
nos acompanha e que fala mais alto nos momentos nos quais estaríamos todos
juntos.
Muita coisa
aconteceu depois de você ter ido para o seu além-mar celestial; coisas bonitas
e coisas horríveis. Toda vez que algo triste acontece me conforta o fato de você
não estar aqui para vê-las e penso: ainda bem que a Mima não viu toda esta
tristeza. As bonitas eu espero que você possa ver daí dando uma espichadela de
olhos para cá. Ver, por exemplo, que a Vitória está crescendo linda, que o
Nícolas está a cada dia mais falante e esperto, que o Papai vai bem apesar de
ainda estar um tanto amuado. Ele tem se esforçado muito, mãe; muito mesmo. O
Sérgio e eu estamos bem.
Sabe Mima, toda
vez que rio alto me lembro de ti. Lembro-me da tua risada feliz e cheia e te
imagino rindo muito aí. Imagino-te com a vovó Estela, com todos os meus avôs e seus
irmãos e te sinto muito feliz. Apenas acho muito chato isso de não haver
qualquer forma de te ouvir e ver. Faz-me muita falta a tua voz, e a melhor
invenção do mundo, atualmente, seria um telefone ou uma internet que pudesse
nos conectar. Se encontrar aí o senhor Steve Jobs, veja se ele não pode nos ajudar
com muita inspiração, tá bom?
Mima, desculpa o
meu atraso para te escrever. Queria ter escrito ontem, porém, não consegui. Contudo,
tenha certeza de que me lembrei de ti o dia todo, desde o momento no qual abri
meus olhos. Amo-te, mãe, e isso não mudará nunca e vale para cá e para o além. Feliz
Aniversário Mima!
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