habitar
Habitas meus sonhos a fazer deles tua casa
à revelia do que conscientemente quero
eu
Apareces sem aviso
sem motivos
sempre sorrindo
e penso
ao pensar meus sonhos
que ainda tu és meu buda particular
Chegas sempre em dias claros e cheios de brisa
quentes como um abraço
e sem muito a dizer, apenas
sentimos
Talvez seja eu que fuja da realidade
tão sombria destes dias com mais frequência do que antes
não sei
O que sei é que nunca habitaras tanto meu inconsciente
de forma tão realista
pois verdadeiramente sinto, naquele sitio perdido da
imaginação,
teu corpo presente
Sendo assim
abrir meus olhos pela manhã todo santo dia
tem sido um eterno partir
Vivo à noite noutra vida enquanto tu me habitas
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