Ao tempo
Devora-me, tempo
Pele, ossos e nervos
Levando cotidianamente um pouco de mim
Eu, que me deixo levar de bom grado
Sem medos,
Sem termos,
De braços dados a si
Caminho,
Construo com suas entranhas meu mundo enquanto
Devora-me,
e de si alimento-me engordando pensamentos
ganhando peso na terra
ganhando cores meus sonhos
Estamos ambos a caminho do fim, sem pressa, a ouvir as águas
deste riacho de pedrinhas coloridas,
um tanto preguiçoso,
muito claro.
Seguir.
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