Tempestade
Chuvas tropicais inundam meus olhos
Afogo-me
dentro de mim mesma sem que ninguém perceba
Em silêncio grito e estendo as mãos ao vazio
apenas por reflexo;
movimento inócuo e patético
No meio desta tempestade, tão comum durante o verão,
estou sozinha
Assim estamos sempre por essência, não?
Sozinhos.
Coração acelera para além do cotidiano
enquanto o corpo adormece
o cérebro para perplexo:
assim é o fim
As chuvas intensas fazem um barulho gordo
que invade meus ouvidos
enquanto os lindos relâmpagos me encantam
Não tenho medo da chuva; nunca tive medo da chuva
mesmo quanto ela me inunda
deixo-me
ir
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