Silêncio
Às vezes há tanto a dizer
Pensa o poeta
Pois bem
E noutras, como dessa feita
Apenas percebe-se que durante a vida inteira
Pôs-se cá para fora um bom bocado de asneiras
pretenciosas
Maliciosamente calculadas e mal-acabadas
Uma verdadeira desgraça
que com a querida língua pátria acaba
Não nos basta então sermos mudos,
Nesse momento
Faz-nos falta esquecer o escrever para podermos
Enfim
ficarmos genialmente calados
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