Estranhamente, a realidade e o sonho
misturam se,
E não sabemos claro,
depois de anos,
o que foi ou o que imaginamos ser.
Sentimentos soltos,
Mornos,
frouxos
passam pelas nossas mãos,
sentimo-los no coração.
Sem destino, eles morreram antes mesmo de serem distinguidos:
amor,
paixão,
sermão.
Sempre sós mesmo entre muitos,
esperando o futuro
que não chegará.
Ilusão de uma vida que não sabemos se foi realmente vivida:
sonhada,
criada,
imaginada.
Apenas o toque é real,
tudo antes e depois são palavras que serão:
fatalmente esquecidas,
distraídas,
desmentidas,
sem força para serem detidas na carne ou na retina.
Tênues como palavras,
sumimos
assim que some nossa vida:
realidade,
sonho
de mentira.
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