Sei que toda minha crença cega-me:
crença tola em tudo aquilo que sinto
que se vira contra ela própria
e feito cão,
a babar,
tenta morder o próprio rabo
na tola intenção de derrotar o inimigo
sem perceber, enlouquecido, que é a ele mesmo
que se vê refletido.
Roo-me, por dentro e por fora,
em vã tentativa de ferir e livrar-me daquela parte que mais
me incomoda,
o eu teimoso, descomunal e apequenado, que crente segue,
perdido pelo tempo e espaço,
a crer, poético, patético,
no sentir
de toda
gente.
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