Dando tempo ao tempo, alimento-o
na vã esperança de quiçá transcendê-lo,
quebrá-lo,
retê-lo.
Porque todo o tempo do mundo não é o bastante
e, ao mesmo tempo, é tempo demais
quando tudo que nos resta é o tempo. Nada mais.
Tempo, tempo...
Queria poder dobrá-lo para não vê-lo passar
arrastado, arrastando-me, nos momentos nos quais deveria
voar.
Tempo, tempo...
Queria poder pará-lo, congelá-lo para que o meu tempo não acabasse
antes do tempo chegar.
E o tempo, indiferente o tempo não chega.
Chega.
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