A vida é constituída pelas coisas
que fazemos todo santo dia, pela rotina que criamos para nós mesmo e com a qual
nos sentimos confortáveis neste mundo. O conhecido nos acalenta, e nos sentimos
seguros e certos de nosso lugar neste mundo feito criança de mão dada aos pais.
Pois, gostamos da tal rotina e não devemos nos enganar a respeito disso. Porém,
entretanto e todavia, não é a rotina que nos traz as grandes emoções nesta
mesma vida; não senhor!
A paixão, o medo, a excitação, a
ansiedade, a alegria suprema, o drama e tudo aquilo que faz com que o coração
saia do compasso e pule dentro do peito veem d’algo que não está na rotina ou
na segurança; com toda a segurança. As grandes emoções vivem naquilo que escapa
um pouco ao nosso controle, no risco que corremos n’alguns momentos, no que é
feito pela primeira vez na vida, naquilo onde a lógica e a razão não comandam e
onde quem manda é mesmo o coração.
Claro que não podemos viver de sobressaltos
todo o tempo, pois que a vida não é vivida assim. Porém, também não podemos
viver sem os tais saltos no peito de jeito algum. Porque, se assim for, a vida
não terá sido vivida. O fato é que o tempo de pasmaceira e marasmo nos prepara
para aguentar o tranco das tormentas e do vendaval, enquanto são as tais
tempestades que nos movem na vida, nos dão as ganas e as garras para fazermos o
que temos que fazer todos os dias.
Hoje farei algo que nunca fiz na
vida e que mais parecia um sonho distante anos atrás. Hoje vou ao meu primeiro
jogo de Copa do Mundo na vida; o primeiro de alguns que teremos aqui em
Fortaleza. Hoje só penso nisso, aliás, ando a pensar na bola desde meados de
maio porque o futebol é uma paixão para mim. Porque eu adoro estar em campo,
torcer, gritar gol e xingar o juiz. Adoro fazer a OLA, comprar cerveja cara,
ver os adversários bem de perto, ficar rouca no dia seguinte, sair caminhando
do estádio no final da partida.
Desde ontem podemos ouvir aos
Uruguaios e Costarriquenhos a agitar a cidade e isso me faz imaginar como não
será esta minha terra na próxima terça-feira, dia de Brasil X México no
Castelão. Explodiremos! Por isso, sejam lá quais forem as nossas paixões, o que
interessa é agarrarmo-nos a elas sempre que pudermos para que o coração dispare no
peito e para que a vida valha a pena, não? Então, que venham as paixões porque
os braços estão abertos para elas!
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