palavras
Palavras mortas, sonolentas, fingem-se sábias;
fingem saber o que querem dizer
enquanto os olhos observam o passar das horas sem conseguir,
por um pequeno instante que seja,
enxergar nada.
Palavras podres, mortas e enterradas, fingem-se inspiradas e
ainda a respirar;
fingem caminhar pelos meus dedos
enquanto moinhos de vento imóveis calam-se no eterno horizonte
ensolarado
e azul neste deserto de águas.
Palavras, sem elas não sou nada; não sei quem sou e apenas
finjo-me acordada,
fingindo que tudo segue tranquilamente como deveria ser,
sigo como se ainda respirasse em mim, viva, a bailarina
de piruetas e saltos alegres; de fantasias.
palavras.
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