2018
Estamos às vésperas de um ano
novo. Lá vem 2018 a dizer-nos ao que veio em poucos dias, e a primeira coisa
que me assombra é perceber que já são 18 anos deste século onde a relatividade
do tempo parece-me uma realidade mais concreta. Tudo acontece
rápido demais e, ao mesmo tempo, em alguns casos, os minutos arrastam-se feito
lesma preguiçosa. Conectados numa rede infinita via Wi-fi sabemos de tudo o que
se passa no mundo quase que instantaneamente e, contudo, não conseguimos
resolver nossos problemas mais rapidamente. Não senhores.
Vivemos um tempo de guerras
eternas, crises econômicas sem fim, e de um retrocesso antidemocrático mundial mais
assustador do que qualquer filme de terror. Haja alho e galho de arruda para
afastar assombração nesses tempos nos quais as posições mais extremistas
parecem ser a melhor solução para muitos. Ave cruz virge crispim, como diria a
Céu. Não tem dó de mim.
Pois, apesar dessa impressão
horrorosa de que a humanidade está a dar passos para trás, a verdade é que há
muita gente boa por aí; e por aqui também. O negócio é não darmos tanta importância
àqueles que se acham gente importante na vida, e olharmos com mais cuidado e
atenção aos que estão do nosso lado. E se olharmos direitinho, não há como não
ver, há muita gente boa no pedaço. Gente de coração gigante, gente altruísta,
gente que está sempre disposta a nos apoiar, a ajudar.
Sendo assim, e apesar de toda a
porcaria que aconteceu no velho 2017, o fato é que se olharmos com mais
cuidado, de perto e bem divagar, podemos ver que a humanidade não está assim
tão perdida, e nem o nosso tempo. Apenas andamos a dar poder e importância demais
às pessoas erradas. E isso sim, isso devemos mudar.
Então, que venha 2018 e que nele
eu tenha mais tempo para dar atenção a quem realmente merece: à família, aos
amigos; aos meus queridos. Que este ano novo tenha mais sorte que os anteriores
e que não possamos estragá-lo muito antes que chegue ao seu fim. Oxalá!