A rainha
Nem morto
nem deposto, segue
vivo o meu rei feito de sons e ilusão.
Sendo assim, então,
apenas será por toda a eternidade,
numa equação contrária à minha curiosidade,
muito raro e difícil consegui-lo ver .
Meu rei,
resta-me crer. Crer que a fantasia é a mais pura
e concreta verdade que em mim habita.
Creio, em silêncio, e ainda feito o poeta,
que tudo valerá a pena desde que não sejam a alma
minha e a alheia pequenas.
É tão alto, meu carvalho, e minha alma nunca foi pequena;
não.
Ela é sim um tanto tola;
e louca, veste-se de rainha, como se todo dia
fosse terça de carnaval,
para fingir que pode ver ao seu rei;
você.
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