O beijo
Todo beijo é o primeiro
quando não é dado à toa,
longe do reflexo cotidiano; do mecânico.
Inesperado assombro
de um encontro
onde há corpo,
dois corpos,
mas onde a alma está tão presente
que no beijo ela se sente.
Cheio de sentido,
com o desejo do beijo vem a alma à ponta da língua
a espiar do que o amor é feito.
Deforme, úmido,
estúpido e
quente;
algo que não se vê mas que até nos ossos existe fisicamente.
Assim, tão pouco lógico, e único apesar de múltiplo
é o beijo que carrego comigo;
guardado
numa gaveta esquecida
ao teu
lado.
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