Divas
Madonna nasceu
no dia 16 de agosto há sessenta anos. Pois, nunca imaginei que ela n’algum dia
teria 60 anos. Não senhores. Madonna seria sempre, e para todo o sempre, jovem;
pois que ela é o ícone feminino da minha adolescência, aquela que representou o
que nós queríamos ser no futuro; mulheres fortes e donas de nossos lindinhos
narizes. Assim somos. Bom, pelo menos, assim sou eu e muitas da minha geração.
Madonna é divina
porque nos representa, através da música, naquilo que de mais caro nós,
mulheres, temos hoje em dia. Desde Madonna nós sabemos que podemos ser quem
quisermos, como quisermos e quando quisermos sem ter que dar satisfação alguma
a qualquer ser vivente deste planeta. E, além disso de tudo isso, e mesmo sem
cantar tanto assim, com muita inteligência e competência, a tal senhora tornou-se
a representação viva da música popular mundial a partir dos anos 80. MDNN é
diva moderna!
Neste mesmo dia
sessenta anos depois, Aretha Franklin permitiu-se partir. Perdemos sua voz hoje
e assim o mundo ficou mais silencioso; nós ficamos um tanto mudos sem a voz de
uma mulher que representou uma parte importante da história americana e do
Mundo Ocidental. Aretha cantou para pedir respeito, cantou no funeral de Martin
Luther King, cantou na posse de Barack Obama. Aretha, última representante de
Billie, Ella, Sarah e Simone entre nós, a divina voz adocicada e inconfundível
do soul era diva à moda antiga.
Entre Aretha
Franklin e Madonna há uma enorme distância, muita música diferente feita,
muitos anos passados, muitos direitos adquiridos ao longo do caminho. Contudo,
vendo e ouvindo Beyonce a cantar por estes dias, não há como não pensar que as
mulheres e meninas de hoje são a soma destas mulheres tão diferentes; de todas
as mulheres. Que nossas divas e sua música vivam para sempre. Amém!
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