Ganho presentes do meu amigo volta e outra:
música
filme
palavras
poesia...
A distância que se pôs entre nós não nos separa,
o carinho persiste teimoso feito eu e
gentil feito ele.
Ele hoje é estranjeiro a viver na sede do Império Tuga
tão além mar daqui;
e eu por cá, na colônia, sinto saudades.
Mas escuta meu amigo, ganhar poesia de presente
nunca será esquecido
porque há nisso um valor imensurável para a alma
e, por isso, quase gosto da distância oceânica.
de ti me aproximo.
A alma que é minha, sem esperar e num
repente,
chorou de saudade
chorou de alegria.
O tempo e o oceano não importam para a beleza
desse instante tão pequenino
e tão distinto...
Conhecer a poesia de Matilde Campilho
através de ti, meu amigo,
foi quentinho
como os nossos abraços;
e, agora, você está aqui.
Te quero bem, sempre e para sempre.
Para o meu menino, tão querido, Israel.
Prometo que vou te ver além mar.
Love you
Torcida é para time de futebol, do governo deveríamos esperar
competência, não?
Por estes dias,
depois da constatação, clara para alguns (e uma falácia para outros), de que o
tal “mito” que nos governa, o “ungido por Deus”, não passa de um senhor de raciocínio
limitado com parco conhecimento que não sabe o que fazer com a tal presidência,
ando a ouvir que o problema do Brasil reside na imoral torcida contra a
melhoria do país. Resumindo a ladainha: o governo do Seu Jair anda muito mal
das pernas porque eu e um meia dúzia de outros infelizes andamos a torcer pela
desgraceira da nação.
Pois, para mim,
isso de torcer é coisa reservada para o time do coração. Eu, pelo meu lado,
torço pelo Corinthians e ponto final. O resto é resto. Afinal, torcida é
paixão; é um querer fora de qualquer razão e uma crença que, como deve ser toda
forma de crer, não carece de objetiva comprovação da efetividade e da competência
do alvo da paixão. Pelo meu time torço sempre crendo, faça chuva ou faça sol,
na possibilidade da vitória sem qualquer razão.
Para as questões
mais sérias como o meu trabalho, ou a maneira como o meu país é governado, isso
de torcida e de crença de figa no bolso, de velas acesas na mão, não existem
para mim. Acredito no trabalho sério e focado, no conhecimento e na competência;
acredito no trabalho feito com carinho e na razão. Sendo assim, não aceito de
forma alguma a pecha de atraso-da- nação.A minha falta de apoio ao Santarrão que habita o Palácio do Planalto é,
infelizmente, inócua.
E que fique
claro, aos crentes de carteirinha na mão e recalque num mundo arcaico, de que
minha crítica e oposição ao atual governo não estão ligadas a qualquer querência
minha a outro partido ou político de estimação. Não estimo a nenhum deles e não
rogo Lula livre de forma e maneira alguma. Não quero Lula livre. Quero mais é
ver todos os outros políticos, empresários e eteceteras e tais corruptos desse
Brasil atrás das grades de uma prisão.
Minha oposição,
que fique claro também, se dá por princípios; por valores que são e sempre me
foram caros, desde que por gente me entendo. O país que desenha o Seu Jair e
sua alcateia de casaco de cordeiro não é o país que quero para mim. Não quero
um país de muitas armas e de pouca educação, não quero o pais de religião a imiscuir-se
tanto com o que deveria pertencer a razão. Não quero o país que não compreende
e respeita o valor da diversidade e, não quero o país que prega que a preservação da natureza não passa de um atraso para a sociedade brasileira.
Seu Jair não foi
eleito por mim, tal qual a Dona Dilma também não. Não elegi o Lula do segundo
mandato, e isso quer dizer que há um bocado de tempo sou um zero à esquerda nas
questões da governança da minha nação.Eu não faço valer a minha opinião que é a mesma a uma pancada de tempo.
Na minha opinião, plagiando o Roger, então... “A gente não sabermos escolher presidente.
A gente não sabemos tomar conta da
gente... Tem gringo pensando que nóis é indigente.”
Dizem das
saudades que elas, com o passar do tempo, vão esmaecendo. Que elas ficam pálidas
com o passar dos dias ao perderem o vigor que toda novidade, seja ela boa ou
má, tem. Pois, para mim me parece que as saudades, que andam comigo de braços
dados, têm lá sua dieta própria e do tempo se alimentam. Minhas saudades, com o
passar dos dias, meses e anos engordaram, e engordam, a olhos vistos. E hoje,
as valentes, estão grandes e saudáveis feito um touro (como diziam as avós).
Dentre todas as
saudades, aquelas que nasceram com a partida da minha mãe têm se mostrado ímpares.
Pois, saudades de mãe é coisa estranha já que mãe e pai, filhos e irmãos, são
uma parte vital de quem somos nós e nunca, jamais, o deixarão de ser. E o amor
que temos por eles, sendo assim, não diminui um milímetro sequer com o passar
dos anos. Au contraire, diria o
filósofo. Bem alimentadas pela distância que o tempo impõe, as saudades com o
requinte de Chronos tornam-se reais. Um peso físico, instalado no peito, que dá
um nó cego na goela. Nó impossível de se desfazer com as mãos.
Hoje, dia das
mães chegando, e o tal nó aperta. Saudades impossíveis de ti, Mima; minha mãe. Saudades
porque eu sinto, e sei, que aquilo que chamávamos de família perdeu-se um pouco
sem ti por aqui. E eu perdi meu ninho. Semana difícil de minhocas melancólicas
na cachola para mim e muita vontade de poder caber, feito criança, no meio do
abraço de minha mãe mais uma vez.
Te amo Mima hoje
tanto quanto sempre. Feliz dia seu!