sexta-feira, 24 de maio de 2019

Torcida é para time de futebol, do governo deveríamos esperar competência, não?





Torcida é para time de futebol, do governo deveríamos esperar competência, não?

Por estes dias, depois da constatação, clara para alguns (e uma falácia para outros), de que o tal “mito” que nos governa, o “ungido por Deus”, não passa de um senhor de raciocínio limitado com parco conhecimento que não sabe o que fazer com a tal presidência, ando a ouvir que o problema do Brasil reside na imoral torcida contra a melhoria do país. Resumindo a ladainha: o governo do Seu Jair anda muito mal das pernas porque eu e um meia dúzia de outros infelizes andamos a torcer pela desgraceira da nação.

Pois, para mim, isso de torcer é coisa reservada para o time do coração. Eu, pelo meu lado, torço pelo Corinthians e ponto final. O resto é resto. Afinal, torcida é paixão; é um querer fora de qualquer razão e uma crença que, como deve ser toda forma de crer, não carece de objetiva comprovação da efetividade e da competência do alvo da paixão. Pelo meu time torço sempre crendo, faça chuva ou faça sol, na possibilidade da vitória sem qualquer razão.

Para as questões mais sérias como o meu trabalho, ou a maneira como o meu país é governado, isso de torcida e de crença de figa no bolso, de velas acesas na mão, não existem para mim. Acredito no trabalho sério e focado, no conhecimento e na competência; acredito no trabalho feito com carinho e na razão. Sendo assim, não aceito de forma alguma a pecha de atraso-da- nação.  A minha falta de apoio ao Santarrão que habita o Palácio do Planalto é, infelizmente, inócua.

E que fique claro, aos crentes de carteirinha na mão e recalque num mundo arcaico, de que minha crítica e oposição ao atual governo não estão ligadas a qualquer querência minha a outro partido ou político de estimação. Não estimo a nenhum deles e não rogo Lula livre de forma e maneira alguma. Não quero Lula livre. Quero mais é ver todos os outros políticos, empresários e eteceteras e tais corruptos desse Brasil atrás das grades de uma prisão.

Minha oposição, que fique claro também, se dá por princípios; por valores que são e sempre me foram caros, desde que por gente me entendo. O país que desenha o Seu Jair e sua alcateia de casaco de cordeiro não é o país que quero para mim. Não quero um país de muitas armas e de pouca educação, não quero o pais de religião a imiscuir-se tanto com o que deveria pertencer a razão. Não quero o país que não compreende e respeita o valor da diversidade e, não quero o país que prega que a  preservação da natureza não passa de um atraso para a sociedade brasileira.

Seu Jair não foi eleito por mim, tal qual a Dona Dilma também não. Não elegi o Lula do segundo mandato, e isso quer dizer que há um bocado de tempo sou um zero à esquerda nas questões da governança da minha nação.  Eu não faço valer a minha opinião que é a mesma a uma pancada de tempo. Na minha opinião, plagiando o Roger, então... “A gente não sabermos escolher presidente.  A gente não sabemos tomar conta da gente... Tem gringo pensando que nóis é indigente.”

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