Torcida é para time de futebol, do governo deveríamos esperar
competência, não?
Por estes dias,
depois da constatação, clara para alguns (e uma falácia para outros), de que o
tal “mito” que nos governa, o “ungido por Deus”, não passa de um senhor de raciocínio
limitado com parco conhecimento que não sabe o que fazer com a tal presidência,
ando a ouvir que o problema do Brasil reside na imoral torcida contra a
melhoria do país. Resumindo a ladainha: o governo do Seu Jair anda muito mal
das pernas porque eu e um meia dúzia de outros infelizes andamos a torcer pela
desgraceira da nação.
Pois, para mim,
isso de torcer é coisa reservada para o time do coração. Eu, pelo meu lado,
torço pelo Corinthians e ponto final. O resto é resto. Afinal, torcida é
paixão; é um querer fora de qualquer razão e uma crença que, como deve ser toda
forma de crer, não carece de objetiva comprovação da efetividade e da competência
do alvo da paixão. Pelo meu time torço sempre crendo, faça chuva ou faça sol,
na possibilidade da vitória sem qualquer razão.
Para as questões
mais sérias como o meu trabalho, ou a maneira como o meu país é governado, isso
de torcida e de crença de figa no bolso, de velas acesas na mão, não existem
para mim. Acredito no trabalho sério e focado, no conhecimento e na competência;
acredito no trabalho feito com carinho e na razão. Sendo assim, não aceito de
forma alguma a pecha de atraso-da- nação.
A minha falta de apoio ao Santarrão que habita o Palácio do Planalto é,
infelizmente, inócua.
E que fique
claro, aos crentes de carteirinha na mão e recalque num mundo arcaico, de que
minha crítica e oposição ao atual governo não estão ligadas a qualquer querência
minha a outro partido ou político de estimação. Não estimo a nenhum deles e não
rogo Lula livre de forma e maneira alguma. Não quero Lula livre. Quero mais é
ver todos os outros políticos, empresários e eteceteras e tais corruptos desse
Brasil atrás das grades de uma prisão.
Minha oposição,
que fique claro também, se dá por princípios; por valores que são e sempre me
foram caros, desde que por gente me entendo. O país que desenha o Seu Jair e
sua alcateia de casaco de cordeiro não é o país que quero para mim. Não quero
um país de muitas armas e de pouca educação, não quero o pais de religião a imiscuir-se
tanto com o que deveria pertencer a razão. Não quero o país que não compreende
e respeita o valor da diversidade e, não quero o país que prega que a preservação da natureza não passa de um atraso para a sociedade brasileira.
Seu Jair não foi
eleito por mim, tal qual a Dona Dilma também não. Não elegi o Lula do segundo
mandato, e isso quer dizer que há um bocado de tempo sou um zero à esquerda nas
questões da governança da minha nação.
Eu não faço valer a minha opinião que é a mesma a uma pancada de tempo.
Na minha opinião, plagiando o Roger, então... “A gente não sabermos escolher presidente.
A gente não sabemos tomar conta da
gente... Tem gringo pensando que nóis é indigente.”
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