Discípulo e parceiro de Cartola,
Seu Nelson Sargento foi a memória viva do samba clássico a romper o século 21.
Samba doído, cheio de sentimento e compassado, samba de passo miudinho que traz
em si toda a melancolia sorridente do brasileiro. Sem ele estamos órfãos
definitivamente dos fundadores do samba que desceu o morro e deu vida ao que
chamamos hoje de carnaval. A alma brasileira fica mais triste sem Nelson
Sargento.
Samba no céu, Seu Nelson!
Deixa
Eu mesmo quero resolver os meus dilemas
Deixa
Quero escrever embora esteja com as mãos trêmulas
É assunto meu sei que ninguém dá solução
Tudo quanto sofro vou dizer nessa canção
Deixa
Quando ela ouvir os meus poemas vai chorar
A consciência vai lhe castigar
Perdão não quero nem vou perdoar
Deixa
Meu sofrimento um dia vai ter fim
Os meus poemas vão falar por mim
De todo mal que o amor me fez
Deixa
A razão dizer quem tem razão
E o fantasma da ingratidão
Se retira com desfaçatez
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