A guerra
Do lado de lá do azul oceano
Uma eternidade de lágrimas brota
E desde este lado apuro os ouvidos para ouvir os lamentos
Doloridos e chorosos.
Por que a maldade humana nos assombra repetida e
Cotidianamente ainda
E mais uma vez?
Por quê?
O mundo dos homens de um repente transforma-se
E nos pesadelos das noites que não são seguidas
Pelo amanhecer
o bicho papão cria feições humanas.
Nada nos assombra mais do que o fato
de sermos nós mesmos
o monstro.
Não há razões que expliquem as razões de uma guerra
e desde este lado fico mais uma vez em confusão;
Por quê?
Por que escolhemos manchar o azul oceânico que deveria
refletir
a tranquilidade do céu dentro de nós?
O mundo avermelha-se com ódio
e desde aqui escancaro meus olhos porque sei:
Ouvimos pouco sobre o pior das guerras,
dos horrores das guerras falamos pouco
porque mulheres e crianças são, sempre, as mais emudecidas
depois que a primeira bomba explode.
Sem esperança no corpo
Sem luz nos olhos
Sem vida na alma seguem.
Desde aqui, tão longe quanto poderia ser um mundo azul neste
momento,
Sinto-me ferida de morte
Seguimos apáticas.
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