Sem paixão,
por favor.
A esta hora,
pouco mais de uma hora depois do final das eleições no Brasil, não sabemos como
nem qual será o nosso futuro. Continuaremos com o Sr. Jair e seu clã do terror
ou teremos Lula e sua megalomania de volta? Meu voto não é secreto, apesar de
não o gritar aos quatro ventos. Jamais, em tempo algum, votaria em um ser
humano do naipe do Sr. Jair. Seus asseclas diriam: um homem honesto, não? Não,
não senhor.
A verdade é que,
como a grande maioria dos senhores e senhoras que grassam na vida política de
Terra Brasílis, tanto Luiz Inácio quanto Jair Bolsonaro estão distantes da
hombridade e honestidade que desejamos. Ambos mentem descaradamente, creem-se seres
ungidos por Deus, são desonestos e malandros por hábito e, com certeza, estão
ou estiveram envolvidos em casos de desvio de dinheiro público para os próprios
cofres ou para os cofres de seus partidos políticos.
Qual a diferença
então? A diferença é que o Mundo como pensa o Sr. Jair é um mundo que não está
certo para mim. Um mundo violento e preconceituoso, um mundo sem nenhum respeito
à vida e à natureza, um mundo sem lugar para a educação como a vejo e cheio de
igrejas que pregam tudo, menos o amor cristão.
A diferença é
que tenho ojeriza a este tipo que prega pela família tradicional brasileira com
sua moral irreal e cheia de preconceitos. Um tipo que todos nós deveríamos conhecer;
principalmente as mulheres. O tipo que urra contra a aprovação do aborto legal
no Brasil ao mesmo tempo que paga pelo aborto das amantes. Aquele que arrota
honestidade enquanto passa a perna nos outros sempre que tem a oportunidade. Aquele
que diz que defende as mulheres ao mesmo tempo que as têm como seres inferiores.
Aquele tipo que tenta a todo o custo nos dizer o que pensar, o que sentir.
Não morro de
amores por Lula; não senhor. E, sinceramente, desconfio profundamente dos
apaixonados por políticos de plantão. Como podem ser tão tontos assim? Mania sem
pé nem cabeça desta minha América Latina de querer encontrar para si um
salvador da pátria. Isso é tão irracional que dói quando penso. Como diz muito
bem o outro: políticos não existem para serem admirados, mas sim cobrados. Deveriam
nos representar e nos servir. Bem, não o fazem, pelo menos ainda não, por aqui.
Mesmo assim, sem
grandes alegrias e pronta para enfrentar problemas futuros, sentir-me-ei
aliviada com o fim da presidência de Jair Bolsonaro. E espero que, depois de
tanta bobagem feita, possamos pensar a política no meu país de forma racional e
nada apaixonada. Afinal, a paixão cega; sempre.
Por hoje quero
apenas esperar o resultado das eleições e cantar mais uma vez, como cantamos
por tanto, por tempo demais por aqui.
“Apesar de você,
amanhã há de ser outro dia...”