terça-feira, 8 de março de 2011

Pela janela, a mentir...

A janela

Cheia de fingida displicência
deixo entreaberta a janela de madeira.
Fresta não muito grande nem tão pequena,
do tamanho certo para que a dúvida
e a ilusão
por ela passem sorrateiras.
Fresta, em sua total e secreta
amplidão pequenina.
Fica assim aberta a fresta, só para que,
se o acaso decidir, possa
eu
por
ela
ver
a
ti.
 E você
A
 Mim.
Assim fingimos, como parvos,
não sabermos que estamos ali,
pela fresta da janela.

a Mentir
ando, vergonhosamente, a mentir.
não a todos, minto a mim.
a ti? Talvez.
a jurar que não é mais
redonda a minha terra e,
redundante, minto.
afirmo que você não reina nela.
minto: digo que já não me importo
que tanto faz, que jamais e que tais.
minto pra mim,
quero crer que não sei o que sinto.
Mentiras esquálidas, bem minguadas,
pois te quero como chuva de verão,
forte e intensa caindo sobre mim.

Naïve

A naïve soul and its
stupid beliefs
believed  in love
as if it were something
one could perfectly achieve.
As possible as buying bread early
in the morning,
as natural as opening our eyes
in the beginning of the day.
A common ability like: breathing, smiling
and feeling the heart beat.
As simple as that, it was for the immature soul.
Poor thing,
here comes the time to grow up,
to grow old.

beliefs

I was used to drinking you naturally
and, just like everyone else who believes
in things that can’t be seen,
I kneeled.

Pa’ Ti

Te extraño como se extrañan las cosas viejas,
cosas perdidas,
viejas muñecas que no sé donde dejé
en mi infancia antigua.
 Te extraño como quien sabe que algo le hace falta
sin saber lo que esto venga a ser
pues,  por más que el cerebro intente saberlo
sólo el corazón podría la respuesta tener.
Así, sigo extrañándote mi desconocido

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