Clumsy em Inglês significa algo como desajeitado, estranho, e diz-se daquele que, em bom Português troca os pés pelas mãos e, apesar de querer acertar, apenas complica mais ainda a situação com suas ações. Não que eu seja assim tão dada à anglicismos mas, simplesmente, há palavras que parecem dizer melhor as coisas por si só. E clumsy é uma delas. Sua sonoridade faz me lembrar de um divertido tropeço, um atrapalhamento qualquer da alma que se expande e toma conta de todo o pobre diabo que, acometido por este defeito genético fatal, mete os pés pelas mãos até transformar-se em um “homem-nó”.
Aqueles que me conhecem bem sabem que tenho este defeito numa escala que varia dependendo da situação e, infelizmente, esta variação é farta e intensa. Tropeço e trombo com coisas várias vezes por dia, troco palavras, letras e nomes e dou minhas “ratas” constantes e sonoras nas mais diversas situações. E, apesar de todas as manchas roxas e doloridas que me aparecem e que, muitas vezes, nem me recordo como apareceram ali, são os roxinhos no coração e na alma que doem pra valer. Nestas horas, meu cérebro parece de nada valer. Falo demais, faço demais, atropelo a mim e aos outros e tropeço, invariavelmente tropeço e vou como pedra ao chão.
É, nas questões do coração sou tão atrapalhada que acho que não terei solução e me pergunto depois de uma grande besteira como a destes dias, ( mentira, foram besteiras porque ando muito criativa e produtiva mesmo!), se há alguém tão inapta aos sentimentos como eu. (Espelho, espelho meu: há neste mundo alguém tão pateta quanto eu?). Bem, não sei se alguém chega a meus pés nesta questão, mas deve haver muitos atrapalhados sentimentais por aí com certeza, e para eles vale lembrar: por mais idiota que você possa parecer, se no seu coração há sempre boas intenções, tenha certeza que tudo ainda está bem e ria e divirta-se com suas patetices. Sempre!
Um amigo postou o seguinte um dia desses: “Freedom is not worth having if it does not include the freedom to make mistakes.”, ou seja, temos que entender que todos nós temos o direito de errar, isso faz parte da natureza humana. E eu, a meu favor, gostaria de acrescentar: vamos também lembrar que desculpar e esquecer os erros dos outros é muito bom e só nos faz bem. Que tal?
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