Paixão boa é aquela que não tem lógica e que nos causa grande aflição. Algo que parece acontecer como uma teimosia nossa, uma loucura que desafia a razão e que, por isso mesmo, não deveria pertencer ao mundo dito adulto. Algo que, apesar de todos os contras que possa haver, para o apaixonado é algo inexplicavelmente lógico e mágico. A paixão é aquilo que nos move para além do dia a dia, da rotina, é um alimento necessário para a alma. Podemos ter paixões distintas, isso não importa. Elas podem também durar uns poucos anos ou uma vida inteira, isso não importa também. O que importa é que toda a paixão sempre vale a pena.
Sermos loucos por nosso time do coração, por esta ou aquela banda de música que gostamos e, por eles gastarmos muito tempo e dinheiro. Dedicarmo-nos como fanáticos a nossos hobbies e voar ou mergulhar pelo mundo inteiro. Tanto faz. Podemos começar um curso de violão ou fotografia, dedicar-nos à pintura ou a poesia, abraçar as artes marciais ou as artes da cozinha; ótimo! O que importa é termos a capacidade de irmos contra aquilo que pareceria o mais certo a se fazer e, para variar, abandonar todo o bom senso. Termos, muitos anos depois da infância, a mesma capacidade de sonhar, de desejar, de crer e, principalmente, de se divertir muito tentando realizar a maluquice da vez; e, por isso, sentirmos que ainda estamos muito vivos e temos muito a fazer.
Claro que temos as responsabilidades, as contas e tudo mais, contudo, que graça tem a vida e o Mundo se a única coisa que temos são obrigações a cumprir como se fossemos máquinas criadas para executar fielmente uma programação preestabelecida desde que nos entendemos por gente. Não, assim não pode ser! Sei que nós envelhecemos; que vêm as rugas e que os cabelos perdem a cor. Sei, também, que neste momento as pessoas esperam que sejamos apenas sérios senhores e senhoras respeitáveis e competentes; contudo, este é um problema deles, não é?
A verdade é que não há uma idade certa ou errada para nada, muito menos para se apaixonar por algo novo na vida. Descobrir em si mesmo novas habilidades e qualidades, aprender, desenvolver, arriscar-se e, às vezes, mudar tudo de vez. Por isso, vamos separar um minuto e perguntar-nos: Qual será paixão da vez? O que é que queremos fazer diferente no ano que vem?
É certo que também podemos nos apaixonar por outras pessoas; e isso é bem divertido também. Entretanto, que tal descobrirmos primeiro uma paixão que só depende de nós mesmos e, depois, fazer alguém se apaixonar pelo que temos a oferecer? A paixão nos espera, basta correr um pouco atrás dela sem nenhuma timidez.
Um beijo para todos e que em 2012 tudo seja para valer!
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