domingo, 26 de fevereiro de 2012

Naufrágio


Horas são dias
nas noites arrastadas sem sono.
Dias que não são meus, de uma vida que não é minha.
Que vida é esta onde não me vejo? não me reconheço.
Invade-me o enjôo forte de um naufrágio d'alma afogada por ondas
eufóricas e melancólicas que se revezam a esmurrar o costado nu,
exposto.
Horas são dias em meio ao silêncio. Onde está a minha cama? Meus
Pássaros e todas as suas certezas?
Perdi-me voluntariamente numa solidão do tamanho de meus sonhos.
Perdi-me. E o sono e a paz não me encontram mais.
Sou náufraga.

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