sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mulheres e Meninas


Tempos atrás meu afilhado, Pedro, ganhou um passarinho novo porque o antigo se perdeu ou morreu, não me lembro exatamente. O passarinho é lindo, amarelo e engraçadinho e até aí, tudo bem. Contudo, e sem exagero algum de minha parte, o bicho é um assassino por natureza. Pilolo 2, esse é o nome do elemento, é de tal forma temperamental que teve que ser afastado das crianças. Suas bicadas ardidas, e sem motivo algum, podem machucar os pequenos de acordo com o local atacado e, por isso, a fera em miniatura, hoje, mora conosco.
Depois de algum tempo, e sem que ninguém esperasse, Pilolo botou um ovo e, sem necessidade de trocas de documentos e outras burocracias, passou a ser conhecido como Pilola; ponto final. Eu, carinhosamente, chamo-a de passarinha assassina fazendo jus a sua sanha natural. E, tal ovo de Colombo, o óvulo da passarinha explicou e simplificou toda a questão para mim: o temperamento do cão, se é que posso dizer isso de um passarinho, explicou-se - ele é fêmea afinal! E nada de narizes torcidos para mim, e de achar que sou machista. Não sou. Mas, o que esperar de qualquer ser do sexo feminino, a não ser, ser assim: bem maluquitas?
Um querido amigo, que escreve sobre mulheres e sobre as tentativas dele, não muito bem sucedidas, de compreendê-las, já teve que agüentar minhas argumentações radicais a nosso favor. Contudo, creio que a única coisa que consegui fazendo isso foi dar mais razão ainda à causa dele: é impossível compreender as mulheres. A passarinha e meu amigo me fizeram pensar várias vezes sobre o meu comportamento, sobre o nosso comportamento em geral. E qual a conclusão?
A conclusão, sem vergonha alguma dela, é que somos mesmo um tanto quanto exageradas quando o assunto é sentir, amar  e querer bem. Choramos com vontade e volume e, muitas vezes, nem sabemos o porquê daquelas lágrimas. Amamos demais e sofremos com as traições, as mentiras e a indiferença de homens e sua natureza esquisita para nós. Damos a vida por filhos, por pais e por toda paixão verdadeira. Esquecemos quem somos por quem amamos e, nesse ponto, muitas vezes nos perdemos. Somos capazes ao ciúme sem razão, ou com ela também, e declaramos guerra fazendo birra a mostrar a total falta de pudor que temos quando o quesito é expressar nossos sentimentos. Parecemos ser só coração e damos nossas bicadas também.
Claro que algumas de nós decidem fugir dos sentimentos e batem o pé jurando, sem cruzar qualquer dedo, que não acreditam nessa bobagem de relacionamentos verdadeiros. Há mulheres que amam apenas o dinheiro e tudo o que ele pode providenciar, trazendo uma pecha pesada a nossa “raça”.  Eu sei. Mas, mesmo essas, vez ou outra se apaixonam e, daí... Bom, daí não há razão que as salve de sua natureza feminina, sinto informar.
Hoje, depois de tanto pensar, acho mesmo que toda mulher, mesmo a mais velhinha, nunca deixa de ser uma menina e, por isso,  o sonhar e  o sentir demais. Simples assim. Acho, também, que felizes são os homens que aprendem a cultivar a menina que vive em suas mulheres e, jamais as deixarão sufocar. Afinal, uma bicadinha nem chega a machucar e o carinho que vem depois é bom demais.
Um beijo para minhas amigas passarinhas e, para meus amigos um conselho: esqueçam essa história de quererem entender as meninas. Somos feitas para sentir e amar, simplesmente.

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