Esta poesia se faz sozinha
saem-lhe as palavras que são minhas,
mas que não pertencem a mim.
Eu...
Eu, sim, pertenço a elas e por elas sou dominada,
guiada, assombrada.
Palavras que andam pela cabeça, que correm pelas veias
e afogam o coração inocente
de qualquer crime maior.
E faz-se sozinha, guiando-me os dedos, a tal da poesia
Poesia doída e doida,
sofrida e sentida.
Poesia que não há de ser nada,
e que nada irá valer para além do que é:
essa dor minha.
essa dor minha.
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