Se o tempo fosse tão relativo que nele
nós pudéssemos voltar
eu nele voltaria apenas para fazer tudo de novo,
e mais uma vez.
Mas, desta vez, com mais intensidade como se, além do tempo,
eu pudesse controlar a força da natureza que em minha
natureza há.
E gritaria mais forte do que gritei,
e desistiria de desistir mais uma e outra vez, ad aeternum,
feito criança mimada, mula empacada, para não deixar o amor
desta vida me escapar;
entre
os
dedos.
E não daria tempo ao tempo
para que o tempo não passasse mais rápido que a minha
possibilidade,
que a minha capacidade, de estar no lugar certo no tempo em
que lá eu deveria estar.
Se...
Se eu não acreditasse no meu desejo,
não haveria necessidade do tempo voltar.
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