Preso o cavalo de madeira roda feito pião no mesmo lugar
escravo d’um movimento que o traga; seu vício.
Ele quer fugir...
... Ele deve fugir...
... Ele não pode fugir...
... Ele não quer fugir.
Pernas presas por sua própria vontade alheia às dores
que sua linda jaula sem grades provoca-lhe.
A ideia de fugir dali arranca-lhe os cascos a sangue frio,
e o ficar dilacera o seu peito de cavalo encantado pela
melodia do Carrossel.
Por sua alma de madeira faltam-lhe as lágrimas;
vida que aos olhos dos outros está morta.
E toda a gente ignora que o calado cavalo que roda
E toda a gente ignora que o calado cavalo que roda
calado sofre.
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