O Tom...
Há muitos anos estamos sem Tom
Jobim, desde dezembro de 1994. Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim
morreu em Nova Iorque e eu, em São Paulo, senti-me órfã e abandonada. Senti-me
traída. Afinal, como ele pôde nos deixar sozinhos sem sua poesia; sem sua
música tão brasileira e universal. Foi mesmo um golpe fatal. Horrível. Dia de
luto certo para todo tipo de passarinho, para as teclas do piano, para o mato
onde vivem as lendas brasileiras; para todo brasileiro que gosta de música.
Hoje, mais de vinte anos depois
de sua morte e no dia de seu aniversário, imagino quanta música bonita ele
poderia ter feito. Meu Deus, quanta poesia e melodia nunca d’antes vistas e ouvidas
teria feito o Dindi? Quantas vezes mais teria eu me emocionado intimamente com
suas canções? Cantado desafinada e sem vergonha suas canções do último trabalho
feito? Quanta paixão mais teria ele
feito brotar no peito da gente? Não sei. Impossível mensurar o quanto um gênio
seria capaz de criar e Jobim, sem necessidade alguma para a falsa modéstia, era
pornograficamente genial.
Resta-nos ouvi-lo muitas e várias
vezes, repetidamente. Sem pressa e com toda a atenção para matar um pouco a
nostalgia que nos dá a falta do Seu Antônio num dia como esse. Dia em que a
música, a arte das musas, resolveu vir a Terra em forma de gente. Feliz
aniversário Tom.
Que se faça a música!
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