SILVA
Apesar de não
ter qualquer conhecimento formal e acadêmico sobre Música, gosto demais da tal
arte. Não sei tocar instrumento algum, nem mesmo caixa de fósforos, e sou
desafinada dos pés à cabeça, no entanto, gosto tanto de música que não consigo
imaginar um mundo sem ela. Minha vida sem música seria incompreensível; ela não
seria a minha vida. Um dia sem música, para mim, é um dia difícil; quase
impossível.
Sendo assim,
sempre que ouso qualquer julgamento e ou opinião sobre música e músicos, deve
ficar explicito que o que está escrito não passará jamais da minha parva
opinião. Algo sem muito fundamento, fundamentado apenas naquilo que enamora
meus ouvidos e que agrada a minha alma alimentada por palavras.
Ontem assisti ao
meu primeiro concerto de Silva e, não obstante já conhecesse seu trabalho
através dos discos há alguns anos, apenas agora posso dizer que o ouvi pela
primeira vez. E espero ouvi-lo muitas e muitas e muitas vezes mais. Silva é
encantador no palco por fazer extremamente bem aquilo que se espera de músicos:
muita afinação, domínio de seus instrumentos e uma interpretação fenomenal de
suas canções.
Simples, e por
isso mesmo sublime, o concerto intimista dentro de um teatro beira à perfeição
na arte de dar vida à música. Silva não precisa de mais do que seu violão,
piano e voz para emocionar a quem o ouve; e a mim me fez chorar. Cantando
Marisa, Diva maior da atual MPB, ele mostra que esta à altura de interpretá-la
com brilho próprio. Silva é simples, é divino.
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