domingo, 21 de outubro de 2018

O Golaço inesquecível que não existiu





O Golaço inesquecível que não existiu

Não foi um bom ano para mim e os meus se o prisma futebolístico for colocado em pauta; não senhor. Desmontado e remontado algumas vezes este ano, meu time à la Frankenstein, produziu muito pouco todo remendado. Não poderia ser diferente já que desde todo o sempre, amém, o segredo de todo bom time de futebol é ter um bom conjunto: defesa forte, meio de campo inteligente e ágil, ataque eficiente. Pois, o meu Timão, dando poucas razões para a alcunha ultimamente, depois de tanta mudança anda trançando as pernas e raramente consegue chegar ao gol.

Sendo assim, numa situação tão desfavorável para mim e meu esquadrão, ver que conseguimos chegar ao final da Copa do Brasil foi algo inesperado. E, mesmo sem a crença necessária na nossa vitória, principalmente depois de sair atrás no placar no jogo em Belo Horizonte, Corinthians e Cruzeiro em casa, último jogo da Copa, tinha chances, mesmo remotas, de ser uma grande noite para o meu bando de loucos e crentes no poder de nossa camisa e na proteção de São Jorge.

E, apesar de um começo difícil, aos 7 minutos do segundo tempo um pênalti a nosso favor. Empate com gostinho de esperança; podíamos fazer algo ainda. Aos 24 minutos, golaço de Pedrinho de fora da área, diante dos meus olhos, bem na minha frente. Êxtase! Lucas e eu festejamos verdadeiramente emocionados com a quase certeza de que seriamos campeões. Pulamos, gritamos, nos abraçamos e festejamos com os desconhecidos da mesma nação como se fossemos velhos conhecidos. Tínhamos uma boa chance e no segundo tempo estávamos mostrando que a tal vitória não seria tão impossível assim.

Porém, contudo e todavia, golaços também podem não valer nada. E o nosso, o do Pedrinho, foi lindo, perfeito e feito obra prima sem nenhum defeito. Pois, não foi bem assim. O tal VAR apontou uma falta do pequeno Jadson contra o gigantesco Dedé anulando o gol. Dedé grande não apenas em tamanho, mas também em qualidade de futebol, havia caído ao chão devido ao choque da mão de Jadson. Dedé grande e malandro, caiu porque tinha que cair sendo tocado pelo pequeno JD em tal situação; e ele foi realmente colossal na partida defendendo seu time. Mas... Mas anular o gol mais bonito que fizemos nos últimos tempos foi mesmo uma maldade da tal modernidade dos árbitros de vídeo no futebol.

O Gol inesquecível não valeu nada e, com certa razão e um toque de justiça futebolística, não fomos campeões. Eu, que por minha parte não esperava ser campeã, fiquei magoada, sentida mesmo, por terem, assim, sem muito pudor, tirado um gol tão lindo e festejado por nós; por mim. O gol inesquecível que, pelas regras, não existiu.




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