O Golaço inesquecível que não existiu
Não foi um bom ano para mim e os
meus se o prisma futebolístico for colocado em pauta; não senhor. Desmontado e
remontado algumas vezes este ano, meu time à la Frankenstein, produziu muito
pouco todo remendado. Não poderia ser diferente já que desde todo o sempre,
amém, o segredo de todo bom time de futebol é ter um bom conjunto: defesa forte,
meio de campo inteligente e ágil, ataque eficiente. Pois, o meu Timão, dando
poucas razões para a alcunha ultimamente, depois de tanta mudança anda
trançando as pernas e raramente consegue chegar ao gol.
Sendo assim, numa situação tão
desfavorável para mim e meu esquadrão, ver que conseguimos chegar ao final da
Copa do Brasil foi algo inesperado. E, mesmo sem a crença necessária na nossa
vitória, principalmente depois de sair atrás no placar no jogo em Belo
Horizonte, Corinthians e Cruzeiro em casa, último jogo da Copa, tinha chances,
mesmo remotas, de ser uma grande noite para o meu bando de loucos e crentes no
poder de nossa camisa e na proteção de São Jorge.
E, apesar de um começo difícil,
aos 7 minutos do segundo tempo um pênalti a nosso favor. Empate com gostinho de
esperança; podíamos fazer algo ainda. Aos 24 minutos, golaço de Pedrinho de
fora da área, diante dos meus olhos, bem na minha frente. Êxtase! Lucas e eu
festejamos verdadeiramente emocionados com a quase certeza de que seriamos campeões.
Pulamos, gritamos, nos abraçamos e festejamos com os desconhecidos da mesma
nação como se fossemos velhos conhecidos. Tínhamos uma boa chance e no segundo
tempo estávamos mostrando que a tal vitória não seria tão impossível assim.
Porém, contudo e todavia, golaços
também podem não valer nada. E o nosso, o do Pedrinho, foi lindo, perfeito e
feito obra prima sem nenhum defeito. Pois, não foi bem assim. O tal VAR apontou
uma falta do pequeno Jadson contra o gigantesco Dedé anulando o gol. Dedé
grande não apenas em tamanho, mas também em qualidade de futebol, havia caído
ao chão devido ao choque da mão de Jadson. Dedé grande e malandro, caiu porque
tinha que cair sendo tocado pelo pequeno JD em tal situação; e ele foi
realmente colossal na partida defendendo seu time. Mas... Mas anular o gol mais
bonito que fizemos nos últimos tempos foi mesmo uma maldade da tal modernidade
dos árbitros de vídeo no futebol.
O Gol inesquecível não valeu nada
e, com certa razão e um toque de justiça futebolística, não fomos campeões. Eu,
que por minha parte não esperava ser campeã, fiquei magoada, sentida mesmo, por
terem, assim, sem muito pudor, tirado um gol tão lindo e festejado por nós; por
mim. O gol inesquecível que, pelas regras, não existiu.
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