Sobre a nossa guerra infinita...
Eleições em meu país, o tal das
bananas, coqueiros e samba; aquele que não se leva a sério mesmo quando a
situação é grave. Pois, parece que não nos levamos a sério mesmo, como se isso
fosse característica primordial do que vem a ser brasileiro. De um repente a
angústia nos toma de assalto, já que parece que corremos em direção a um abismo
gigantesco. Bom, não a todos nós, tupiniquins de nascença, pois há os que acham
bom, bom demais, que o Sr. Jair seja o próximo presidente deste país. Para mim,
e para muitos dos meus, esperar que algo de bom venha desse senhor é como
aceitar que a solução de Thanos para salvar o mundo seja plausível e boa. Ou
seja, que para salvar o mundo devemos primeiro destruir a metade dele.
Final do primeiro turno das
eleições e estamos nós entre o fogo e a frigideira a ter que escolher para
nosso futuro presidente entre dois homens que se intitulam salvadores da
pátria-amada, ou o representante dele; salve salve Brasil. Santos do pau-oco de
discurso populista e frágil quando posto à prova, e que faz pouco ou nenhum
sentido; estes senhores nos pretendem nos levar à terra prometida: aquela que não
existe. E o fato é que muito provavelmente nos perderemos a vagar pelo deserto.
Eu, por minha vez, já apertei o
botão de alerta e o modo depressão on vigora. Aquele cujo nome não deve ser pronunciado,
pelo que tudo indica, será o presidente do meu país. (E o Senhor Trump ganha um
upgrade aos meus olhos, pois nós conseguiremos eleger um senhor muito mais
absurdo do que ele para nos governar. Que vergonha!) Então, a partir de 2019 em nome da família e
dos bons costumes muita desgraça poderá ser feita e a violência será a solução
para a paz em Terras Brasilis. “Às armas Brasil!”, deve ser o novo-velho slogan
que nos guiará e as roupas camufladas estarão mais uma vez na moda pelas ruas.
E o outro candidato, aquele que
representa o salvador dos salvadores, pode ganhar as eleições, não pode? Pode. Contudo,
isso não fará diferença alguma para além da cor com a qual pintamos os nossos exércitos.
A nossa frágil e jovem democracia corre risco de ser ferida de morte e por cá,
no mundo real, não há Stan Lee ou seus heróis. Pare o Mundo que eu quero
descer!
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