quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

4




4


Éramos quatro,  de dois

multiplicados. Éramos um

somados numa matemática que fazia sentido

até que, de repente,

subtraíram-nos.

Um de nós foi promovido a passarinho

e, como devemos de toda ave esperar,

abriu suas asas e deixou para trás

o nosso azul ninho.

Nos dividimos e multiplicamos e de quatro

éramos muitos,

sem nunca sermos um.

Éramos sozinhos.

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