O Tempo (10 anos)
A ideia de
comparar através de fotos os últimos 10 anos me assusta um pouco. Afinal, não
preciso de foto alguma para perceber que não estou melhor fisicamente agora do
que estava em 2009. Como dizem todos, a idade chega para todos e, já que não
voltei a ser anjo morando nas nuvens ainda, estou envelhecendo. E dez anos, (bora
combinar), são uma carga pesada para quem não é mais um miúdo. Escondam os
espelhos! (risadas)
Há dez anos
fazia um pouco mais de um ano que eu voltara para São Paulo depois de viver
alguns anos em Fortaleza e, uma década depois cá estou em numa situação
parecida. Desde maio passado cá estou eu mais uma vez. Curioso isso, não? A verdade
é que o fato não passa disso: apenas de uma curiosidade. Já que, afora a tal coincidência
geográfica, a vida agora não se parece em quase nada com os idos anos. Eu mesma
deixo de me parecer comigo; pelo menos com a mulher que eu era em 2009. E poderia
dizer que estou a evoluir, ou a ganhar mais independência e uma carapaça análoga
àquelas que sustentam as tartarugas. Se isso é realmente bom... Bom, todavia não
sei dizer.
O tal 2009 foi
um ano de estrema importância para mim. Mudou-me para todo o sempre com seus
fatos e momentos incríveis que ocorreram quase sem ninguém perceber. Meus segredos
nasceram naquele momento, (sorriso), segredos não muito secretos; eu sei.
Porém, naquele ano nasceram os segredos que minha alma carrega consigo, e
nasceu uma vontade que deveria estar latente há anos e eu não sabia. Em 2009
comecei a escrever, a fazer esta terapia solitária que garante a sanidade necessária
para seguir em frente.
Pois é, uma
década se passou, e os tais dez anos passaram mais rapidamente do que eu
imaginava seria natural ser. Hoje eles parecem-me um pouco mais do que alguns
meses; um tempo que passou sem eu me aperceber. Por isso, agora, espero que eu
abra muito bem meus olhos e assim os mantenha. Como diria o Renato Russo: “Não temos
tempo a perder.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário