A passos-de-formiga-desorientada
seguimos
Março termina tão
cheio de chuvas quanto de incertezas para a maioria dos brasileiros. Porque, até
o momento, não temos nem sinal ínfimo do tão desejado céu-de-brigadeiro sobre
as nossas cabeças para que, enfim, depois de alguns anos, deixássemos de uma
vez por todas, e a jato, a tal crise econômica que nos assola. Pois é, pelo que
parece, ainda teremos muitas nuvens escuras e ameaçadoras pelo caminho. E, pelo
que observamos, a possibilidade de tempestades de proporções assustadoras não
são tão difíceis de se antever.
A medida que nos
afastamos das promessas vazias da última campanha presidencial e nos deparamos
com o total e amplo despreparo do atual Presidente da República para o cargo, fica
dia a dia mais difícil imaginar que o tal senhor que nos governa tem e/ou terá,
em qualquer momento de sua vida, a capacidade intelectual de levar nosso país a
uma situação socioeconômica estável e de crescimento.
Verdade seja
dita que não tínhamos, como não temos tido há décadas, grandes alternativas
para o cargo, entretanto, me parece que na ânsia de fugirmos a qualquer custo
de políticos mais experientes, influentes e corruptos nos deixamos governar por
um desastre ambulante com rasgos de ditador de direita de filmes B: um estereotipo
com nenhuma possibilidade à qualquer profundida que seja para a tal personagem.
Por esses dias,
como o tal senhor não deve ter muito com o que se preocupar na vida, vimos e
ouvimos o nosso presidente-fã-aparvalhado-de-trump a sugerir, para não dizer tentar
obrigar, que celebrássemos o golpe militar de 1964 que institui uma ditadura em
nosso país. E a pergunta que fica é, independentemente de qual lado do espectro
político no qual alguém possa se encontrar, em que momento celebrar o fim da
democracia num país e algo que faça qualquer sentido?
Bem, para o
nosso desorientado Senhor Presidente da República tal fato completamente
absurdo parece fazer todo o sentido, e a mim me resta a certeza de que ele
percebe a realidade de maneira peculiar e assustadoramente destorcida. Ele vive
num mundo próprio e que não existe e nós... Bom, nós seguimos a passos de
formiga e sem saber muito bem para onde vamos. Estamos perdidos.
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