Músculo
Em paz está o coração
que já não bate mais apressado.
Cansado
e realista, ele segue músculo sem poesia,
feito de sangue
carne e fibras.
Feia fotografia num
livro empoeirado de anatomia
já não se lhe
distinguem os compassos.
Aos covardes pertence a tranquilidade
e a longevidade dos que não se arriscam ao mergulho à beira
do rio.
Covarde me deito à espera de que o tempo passe
sem atropelos
de pés e cabelos secos.
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