Para Mima
Mima, você faz-me
muita falta; toda a falta de uma vida. Falta que em dezembro se aconchega
dentro do peito e aperta mais. Abraço de tamanduá. Sabe Mima, sempre soube que
um dia você não estaria mais aqui, contudo, nunca percebi o tamanho imenso da
falta que faria. Estas saudades que por cá moram há alguns anos são colossais e
causam em mim reações adversas: choro mais do que antes, feito criança, e ao
mesmo tempo, sinto-me tão mais velha depois que você se foi. Sinto que tenho
que ocupar, um pouco, o espaço que era seu e, sendo assim, deixei de ser uma menina.
A única coisa
boa de tudo isso é que você não está aqui para ver as mazelas às quais somos
capazes. Ser humano é bicho muito difícil de entender; e perdoar às vezes. E a
verdade e que com o passar dos anos fica mais complicado e pesado ver a
capacidade para o mal que persiste em nós. Não entendo, não consigo entender. Então,
sinto um conforto danado toda santa vez que penso, “ainda bem que a Mima não
está aqui para ver isso”. Não te quero triste.
Bom, também não
quero tagarelar demais. Eu só queria dizer que sinto tantas saudades de ti como
sempre e pedir desculpas por eu ter andado tão calada. Ando preguiçosa e
pensativa; só isso. Porém, te amo desde sempre e para sempre; profundamente.
Mima, por inúmeros
motivos, quando vi este filme achei-o a sua cara: alegre, colorido e cheio de
carinho. Lembrei de você e de tudo que passamos; do quanto te amo e do quanto você
me ama também. Então, ele é seu presente de Natal. Feliz Natal, mãe. Fica com
Deus, mas se der, pode dar um pulinho por cá. Será bem-vinda.
À Mima.
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