Dia das Mães
Primeiro dia das Mães sem a Mima
e o segundo domingo de Maio ganha cores dantes nunca vistas. Porque dia das
mães sem mãe é o mesmo que Natal sem Papai Noel e Menino Jesus, o mesmo que
Páscoa sem chocolate, igualzinho a jogo de futebol sem gol. Perde-se todo o
sentido do evento, não? Bom, quase todo ele.
Pode-se então, imaginar que este
seja um dia muito triste, cinza e de ter os olhos vermelhos de chorar para mim.
Porém não, ele não é assim. Este não é um dia triste, apenas um cadinho
melancólico já que as saudades apertam um pouco mais hoje. Mima não anda mais
por cá e isso atrapalha a celebração, contudo isso não faz de mim uma menina
sem mãe. Ela sempre será minha mãe sem
importar o que aconteça comigo ou com ela. Sou filha de Dona Odila Jorge Paroli,
menina forte como os samurais e os chefes das tribos e que esteve de pé até o seu
último minuto neste planeta azul. Mima foi uma doce menina guerreira e tenho
muito orgulho dela. Tenho muito orgulho de ti, Mima. Muito mesmo.
Bom, quanto ao dia. Bem, o dia
está lindo com um céu azul de poucas nuvens suaves e um mar esverdeado. E eu
ganhei de presente neste fim de semana a presença de amigos queridos com
direito a muita conversa e passeio de bicicleta pela orla de fortaleza até o
Passeio Público sob o sol nordestino. Sempre um pouco mais quente do que
deveria, do que eu gostaria. Mas, a vida deve ser bonita, não perfeita.
O fato é que sem a Mima por aqui
ando a descobrir mais sobre o meu pai. Nunca conversamos tanto e,
principalmente, nunca tivemos as conversas que temos por esses dias. Agora, com
a falta dela, sobra-nos mais tempo juntos e estamos mais próximos e mais
companheiros já que se estreitam os laços à medida que se amplia a vida. É claro
que não teríamos jamais escolhido por vontade própria esta alternativa de
futuro. É óbvio que todos nós preferiríamos ter a Mima ainda aqui. Porém, e por
não ser uma questão de escolhas, devo dizer que gosto muito desta nova fase da
nossa viagem juntos. Tem sido muito bom conhecer mais quem é o meu pai.
Sendo sincera, e para dizer toda
a verdade, sinto-me muito acolhida por todos os amigos, minha família dada de
presente por Deus, que me parecem mais próximos desde que minha mãe ganhou suas
asas. Então, no fim das contas, não há porque chorar de tristeza; não senhor.
Por tudo isso, hoje, na falta da
minha mãe, vai o meu Feliz Dia aos Queridos que me ajudaram e me ajudam nos
momentos difíceis e que tornam a minha vida melhor e mais divertida. Ao meu pai
e meu irmão, às meninas da minha vida: Karin, Ana Paula (sis), Cristiane, Ana
Paula (flor) e a Cris (minha comadre); aos meus meninos Marcus, Vagner, Luiz
Fernando, Fábio e Fabiano. Aos amigos mais novos, Laice, Fábio, Julie e Gibs. E,
principalmente, à Baba que é nesta vida minha mãe 2.
Amo-vos profundamente para
sempre.
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