Nuvens
Tênues e vaporosos seguem os dias despreocupados
de uma vida sem muito sentido;
sem sentido algum.
Bela e importante como as brancas e efêmeras nuvens,
ela passará como as chuvas de verão;
um evento vulgar.
Cumulosnimbus
diante de meus olhos,
gigantes pálidos e desimportantes criados pelas estórias que
invento,
serão poucas gotas a secar no chão depois de algumas horas.
Visto de perto tão caro e raro,
meu mundo de nuvens, que aos meus olhos de menina se mostrava tão amplo,
entre os dedos escorre
e percebo como ele mingua
com a distância do tempo que corre.
Pouco tempo.
Minhas cordilheiras andinas feitas de sonhos e vapor d’água
sumirão,
definitivas e instantâneas,
assim que engolidas pelo chão.
Tênues seguem os dias...
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