Poesia
De verso em verso constrói o poeta
um mundo no papel;
Universo frágil de destino incerto que pode,
de um repente,
desaparecer. Basta faltar papel,
ou chegar ao fim de sua vida breve e monocromática a esferográfica
de cor preta
de cor preta
que coabita a escrivaninha branca
com o pequeno caderno de cor parda e flores e pássaros de
mentira.
Assim, sem emoções verdadeiras sobre a mesa,
de papel e tinta é erguida uma terra bela e delicada
que aos olhos parvos do poeta é
perfeita.
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