N ego
Negue,
renegue meu nego que eu existo
Mas eu, veramente, respiro
a arremedar insolente, de osso e carne, as gentes
me negando
à negligente covardia de quem segue a vida com palas em cega
linha
Negue,
renegue meu nego que eu existo
Contudo, minha voz muda chega aos teus ouvidos
ignorando a lógica de toda a geografia,
estou a léguas de ti e, ao mesmo tempo, sussurro ao teu
ouvido
todo santo dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário