Blahhhhhhh
Já quisemos
tanto. Quisemos mudar o mundo, revolucionar os costumes, sermos melhores do que
foram os nossos pais. E, como todo ser humano que já pisou neste planeta, nos pensávamos
eternos; “forever young, I want to be forever young...” cantei tantas vezes. Bem,
não somos muito diferentes dos nosso pais. Não fomos. Somos apenas um pouco
mais do mesmo, quiçá, com um toque tech a mais. Nada mais. Talvez piores,
materialistas rasos sem grandes paixões. Seres profundamente egoístas com
dinheiro no banco enquanto tantos morrem de fome.
Temos mais
dinheiro do que nossos pais, ok. E daí?
Pois 1 que a tal
revolução não fizemos, não senhor. E hoje, bem mais preguiçosos e cansados do
que aos 20, queremos apenas sossego; quem diria. Verdade seja dita, houve
mudanças. Contudo, eu que aos 15 preocupava-me com a situação das baleias e com
a volta da democracia e da igualdade no meu país, sinto-me desolada. Desapontada
comigo mesma e com os meus pares. Falhamos. Eu esperava muito mais de nossa
geração.
Esperava tanto mais
do mundo e do meu país. Acreditava que cuidaríamos bem da natureza, que à esta
altura compreenderíamos melhor e mais sinceramente as diferenças entre as
pessoas e os povos, achava que caminhávamos para um mundo onde a abundância
seria melhor compartilhada. Pois 2, eu era jovem e tola. Muito tola.
Costumo dizer
que Lula, o senhor Luiz Inácio da Silva, em seu primeiro mandato, foi o último
a fazer-me de palhaça nesta terra. Nunca me esquecerei da cara lavada dele em
pronunciamento na TV a dizer que nada sabia sobre a corrupção e os desvios em
seu governo. Palhaço... palhaçada, pensei. Raposa covarde! E me perguntava se
alguém poderia crer numa farsa tão absurda como aquela.
Pois 3, muitos
acreditaram. Muitos ainda creem na inocência desse senhor que de inocente não
tem absolutamente nada. Entretanto, e infelizmente, a crença na inocência do
seu Inácio não vem a ser o fato mais absurdo e nocivo em Terra Brasilis. Não.
Não há, e muito
provavelmente não haverá jamais, um absurdo maior e um dano mais grave do que
termos eleito o seu Jair como presidente do nosso país. Difícil entender como
pudemos, e ainda podemos, crer que um calhorda como esse senhor pudesse fazer
algo de bom a alguém. Não pode.
Nada de bom pôde
ou poderá sair da mente turva e egoísta do Sr. Bolsonaro e de sua quadrilha
familiar. Já que são um bando de calhordas de longa tradição na canalhice.
Pois 4, apesar
de saber que seu Inácio e seu partido também flertaram acintosamente com o
desejo de ter todo o poder possível em suas mãos, nunca estivemos tão próximos
de um retorno de um governo ditatorial como agora. Nunca vimos uma demonstração
tão clara de um governante que não consegue pensar o mundo para além de seu
umbigo. Seu Jair quer perpetuar seu poder no Brasil e para tal arma-se.
Arma-se com
parte do exército brasileiro, com boa parte da polícia militar e com uma horda
estúpida e irracional que brada pela volta da ditadura.
Jamais imaginei
que veria algo assim por cá. Pois, cá estamos, perigosamente flertando com um
país irracional e violento. Um país que me dá ânsia de vômito...Blahhhhhhhh.
Aguardemos o 7
de setembro...
Obs.: para os
apoiadores do atual presidente vai aqui a definição clara do que vem a ser um
calhorda.
ca·lhor·da
(origem
duvidosa)
substantivo de
dois gêneros
1.
[Pejorativo] Pessoa desprezível. =
CANALHA, PATIFE, PULHA
adjetivo de dois
gêneros
2. [Pejorativo]
Que é desprezível ou de baixo nível moral (ex.:
ato calhorda).
"calhorda",
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021.
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