Não sou esta ou aquela,
nem mãe nem filha.
sou a que não tem nome,
invisível
por minha natureza
desimportante e furtiva.
sem adjetivos que possam
ser classificados como
qualidades,
levo comigo, antes,
a pecha do teu pecado e do meu castigo.
sou aquela de quem falas apenas para
ti mesmo,
sombra,
curiosidade rara,
um delicado aleijo.
Sou um nó, um enjôo
que dá e passa,
um anjo caído sem asas
e sem graça.
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