Espero pela tua desobediência de homem
que não se deixa mandar. Que desconhece
o significado da palavra ordem,
e caminha pela rua como se não pertencesse
a ninguém. Sem vergonha alguma,
de toda forma e jeito que a palavra pode ter,
passa de olhos verdes e me provoca,
e me enamoro; quero me perder. Quero a minha desgraça!
Desobedeça-me. Seja todo o bem e o mal
que permeia a minha alma
e que a alimenta ao mesmo tempo
que, sorrateiro e egoísta, a devora.
O que me importa a felicidade calma e morna,
que serventia tem a sanidade tediosa?
Nehuma. Quero a minha loucura
que é minha e tua, e de tanta insanidade fez-se nossa.
Quero este querer que sufoca, transforma,
transtorna,
e que me faz crer na beleza da total ausência
da razão e da lógica.
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