terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Sorriso de Menino
Sorris o teu sorriso de tantos dentes,
todos eles. E o menino,
que mora escondido por trás dos cigarros e da cerveja,
das mentiras,
dos problemas
e do silêncio de homem feito,
revela-se.
Dá-nos uma piscadela e se ri da surpresa
que a sua graça causa em quem para
por alguns minutos à sua frente.
Mas ele desaparece tão rapidamente que
parece não ser. Ou ser apenas uma imagem
de um dia perdido que, de repente,
esqueceu-se de que pertence ao passado
e nos espia no presente.
Uma saudade de tudo que não tivemos,
de tudo que não vivi assola-me
e devora-te,
e corrói nossas almas enferrujadas de metal.
Estamos velhos.
E sente-se saudade do menino, nós a sentimos.
Saudade do menino que gostava de música, de futebol, e de
meninas
que sabiam sorrir;
sem medos, mentiras
e segredos.
domingo, 27 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Adoniran Barbosa - TV CULTURA
Àquela que conhece os meus passos e o meu descompasso como ninguém. O único lugar no Mundo que chamo de meu. Música para a minha casa, Sampa. Para ela, que é uma parte de quem sou eu, o samba paulista.
Feliz 459 anos.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
O engano
Enganei-me, enganei-me como ninguém mais pôde
enganar. Fiz-me cega
a ver aquilo que não há.
A crer em fadas e num Deus que se dedica
a provar que o amor é algo que se pode tocar.
Enganei-me, como durante uma vida inteira esperei
me enganar. Fiz-me surda
a ouvir-te com voz de anjo caído.
E a crer neste anjo, como se ele fosse um Gabriel,
a sussurrar-me que eu tinha uma alma e que
os sentimentos que nela viviam
eram divinos. Verdadeiros.
Enganei-me como nunca alguém um dia poderá
a qualquer um enganar.
Enganei-me. E hoje,
dói-me,
mais do que todo o engano,
a dor de não mais poder me enganar.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Garrincha e um mundo onde todo mundo era João
E que se acabou há 30 anos. Um mundo onde se jogava pelo prazer de estar num campo de futebol.
28.10.1933 - 20.01.93
domingo, 20 de janeiro de 2013
Uma menina sob encomenda
Tão natural quanto o é para quase
todas nós, as meninas, esta minha menina aqui demonstra seu ciúme e gênio muito
mais amiúde do que todos os meus meninos são capazes de fazer. E por isso
mesmo, diferentemente de todos eles, ela reclama não ter tido ainda as minhas linhas
dedicadas a ela há algum tempo. Como reclama não haver em mim o seu nome
escrito para sempre numa tatuagem que a pequena não entende porque ainda não
foi feita. Pois, Gigi, saiba que nada
disso é devido à falta de amor por ti. Sim?
A verdade é que, na maioria das
vezes, isso de dar vida às palavras, sejam elas escritas numa tela ou na pele
da gente, não se dá porque assim queremos, mas porque elas, as palavras, o
desejam e surgem na cabeça e nos dedos de quem as escreve. Mas, seja lá porque
for, (e eu concordo que um pouco sob a encomenda da geniosa menina), agora
chegou a hora e a vez de falar sobre ela.
E falando nisso, “sob encomenda”
é mesmo um termo muito certo para mote de todo este palavrório, porque a miúda
em questão parece ter sido feita desta maneira: sob encomenda, e com medidas
para lá de específicas. Porque o fato é
que a menina que eu sempre chamei de minha boneca, coisa que nenhum dos meninos
jamais mereceu ou merecerá, jamais será o padrão de menina delicada e quietinha
que as pálidas princesas das estórias infantis podem nos dar. Não senhor.
Dona de uma beleza por natureza
morena e que encerra um quê de rainha do Nilo com seus escuros olhos de cílios
compridos e seu temperamento espirituoso, Giovanna Maria é mesmo uma mistura misteriosa
de Cleópatra com a boneca Emília de Monteiro Lobato. Alguém tão cheio de vida e
personalidade que em muitos momentos, durante esses anos todos, me pareceu não
poder ser apenas uma menina. Tagarela e bonita como só ela, amorosa e difícil
como só as meninas sabem ser, dona de um riso engraçado e de todo o movimento
que conhece este mundo de meu Deus; Gigi quando está conosco parece estar em
todo lugar, e nos toma como se fossemos dela.
Por mais que eu tenha sido uma
menina diferente dela, vejo na minha menina magrela e espevitada muito de mim como
toda mulher deve ver nas suas pequenas. Creio eu. Nelas já vemos todos os
nossos desejos, sonhos e sentimentos. Vemos que todos os sorrisos e as lágrimas
já estão ali guardados; e que todos os segredos, dramas e enredos de uma vida
inteira já nos espiam de soslaio sorrateiros. E vemos que toda a paixão-cega e
a entrega que apenas se vê nas meninas já se vislumbram nelas. Por isso elas, e
apenas elas, podem ser verdadeiramente nossas bonecas. Porque nos vemos nelas.
Eu, por minha parte, fico orgulhosa
ao ver que sobra personalidade na minha boneca e espero, como toda menina
grande espera, que ela seja muito mais esperta do que eu fui capaz de ser. Espero
que ela nunca esqueça a menina que há nela e que seja feliz, antes de tudo e
sem regras.
Um beijo pra ti, minha boneca.
Um beijo para todos.
sábado, 19 de janeiro de 2013
Latinoamérica (mi Tierra)
Latinoamérica
Calle
13
Soy...
soy lo que dejaron
Soy
toda la sobra de lo que se robaron
Un
pueblo escondido en la cima
Mi piel
es de cuero, por eso aguanta cualquier clima
Soy una
fábrica de humo
Mano de
obra campesina para tu consumo
Frente
de frío en el medio del verano
El amor
en los tiempos del cólera, mi hermano!
Soy el
sol que nace y el día que muere
Con los
mejores atardeceres
Soy el
desarrollo en carne viva
Un
discurso político sin saliva
Las
caras más bonitas que he conocido
Soy la
fotografía de un desaparecido
La
sangre dentro de tus venas
Soy un
pedazo de tierra que vale la pena
Una
canasta con frijoles, soy Maradona contra Inglaterra
Anotándote
dos goles
Soy lo
que sostiene mi bandera
La
espina dorsal del planeta, es mi cordillera
São Paulo, Brasil |
Soy lo
que me enseñó mi padre
El que
no quiere a su patría, no quiere a su madre
Soy
américa Latina, un pueblo sin piernas, pero que camina
Oye!
Buenos Aires, Argentina |
Coro
Totó La
Momposina:
Tú no
puedes comprar el viento
Tú no
puedes comprar el sol
Tú no
puedes comprar la lluvia
Tú no
puedes comprar el calor
María
Rita:
Tú no
puedes comprar las nubes
Tú no
puedes comprar los colores
Tú no
puedes comprar mi alegría
Tú no
puedes comprar mis dolores
Totó La
Momposina:
Tú no
puedes comprar el viento
Tú no
puedes comprar el sol
Tú no
puedes comprar la lluvia
Tú no
puedes comprar el calor
Susana
Bacca:
Tú no
puedes comprar las nubes
Tú no
puedes comprar los colores
Tú no
puedes comprar mi alegría
Tú no
puedes comprar mis dolores
Calle
13
Santiago, Chile |
Tengo
los lagos, tengo los ríos
Tengo
mis dientes pa' cuando me sonrio
La
nieve que maquilla mis montañas
Tengo
el sol que me seca y la lluvia que me baña
Un
desierto embriagado con peyote
Un
trago de pulque para cantar con los coyotes
Todo lo
que necesito, tengo a mis pulmones respirando azul clarito
La
altura que sofoca,
Soy las
muelas de mi boca, mascando coca
El
otoño con sus hojas desmayadas
Los
versos escritos bajo la noches estrellada
Una
viña repleta de uvas
Un
cañaveral bajo el sol en Cuba
Soy el
mar Caribe que vigila las casitas
Haciendo
rituales de agua bendita
El
viento que peina mi cabellos
Soy,
todos los santos que cuelgan de mi cuello
El jugo
de mi lucha no es artificial
Porque
el abono de mi tierra es natural
Coro
Totó La
Momposina:
Tú no
puedes comprar el viento
Tú no
puedes comprar el sol
Tú no
puedes comprar la lluvia
Tú no
puedes comprar el calor
Susana
Bacca:
Tú no
puedes comprar las nubes
Tú no
puedes comprar los colores
Tú no
puedes comprar mi alegría
Tú no
puedes comprar mis dolores
María Rita:
Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha'legria
Não se pode comprar minhas dores
No
puedes comprar el sol...
No
puedes comprar la lluvia
Vamos
caminando, vamos dibujando x2
Calle
13
Trabajo
bruto, pero con orgullo
Aquí se
comparte, lo mío es tuyo
Este
pueblo no se ahoga con marullo
Y se
derrumba yo lo reconstruyo
Tampoco
pestañeo cuando te miro
Para
que te recuerde de mi apellido
La
operación Condor invadiendo mi nido
Perdono
pero nunca olvido
Oye!
Vamos
caminando
Aquí se
respira lucha
Vamos
caminando
Yo
canto porque se escucha
Vamos
caminando
Aquí
estamos de pie
Que viva la américa!
No
puedes comprar mi vida...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Cartola e sua música da alma
todas as palavras de Cartola são divinas, singelas e belas como poucas sabem ser; um gênio por natureza.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
domingo, 13 de janeiro de 2013
Azul e Verde
Imenso e verde
e azul. É azul o oceano
dos meus sonhos, dos meus anos de menina
a passar as tardes no mar.
Um mar de tantas coisas:
sentimentos, gentes, alegrias, e a tristeza inerente a todo
ser;
a alguns seres.
Um algo sem fim que parece começar aqui,
neste canto do Mundo onde meus pés tocam
suas águas mornas, mostra conhecer meu nome.
Sou parte do mar, uma gota. E vê-lo assim, um ser sem fim
olhando-me nos olhos, me acalma.
Acalma-me o saber que estas águas são as mesmas águas que
navegam o mundo inteiro,
e são as mesmas águas
que abraçam e invadem o Tejo,
e são as mesmas águas que o verde dos teus olhos veem
desde o cais.
O verde e o azul, e eu sinto-me náufraga,
e sinto-me parte deste mar;
do azul e do verde.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Falta
Falta a voz,
o abraço e a alma ancorada.
Falta a vida vivendo nos meus olhos
que a vendo
viam mais
e viam além.
Mas vivo além
de Neusa Doretto
o abraço e a alma ancorada.
Falta a vida vivendo nos meus olhos
que a vendo
viam mais
e viam além.
Mas vivo além
de Neusa Doretto
domingo, 6 de janeiro de 2013
O pedido de meu Pai
Pouco depois de chegar a São Paulo para esperar o fim do
Mundo e passar o Natal em família, ouvi meu pai comentar, meio em tom de
decepção, que achava que eu escreveria algo sobre a conquista do Mundial de
Futebol pelo Corinthians. Ele havia esperado ler algo sobre a nossa mais
importante vitória que foi, muito provavelmente, o momento mais inesquecível para
todo o corintiano ainda vivo. Algo, do meu ponto de vista, mais
bonito que a comoção que tivemos em 77 devido a todo o conjunto da obra. Afinal, para quem faltava se firmar como um time capaz de
disputar e conquistar algo fora do Brasil, o ano de 2012 foi um presente sem
igual.
E, a bem da verdade mais verdadeira, eu também achei que
escreveria algo sobre o fato, já que não houve, para mim, emoções mais fortes
ligadas ao futebol do que as deste ano. Não há conquista de Copa do Mundo que
chegue aos pés do que senti com a vitória na Copa Libertadores da América que
me fez chorar pela primeira vez de alegria por amor ao futebol. E houve o bis
de choro no final do ano. E que orgulho foi ver o meu time campeão de maneira
tão bonita e definitiva; sem senões nem “poréns”. Vencemos, em ambos os
campeonatos, de maneira justa, poética e sofrida como deve ser toda vitória do
Timão.
Porém, tanto antes quanto depois dos feitos, a verdade é que me
incomodou demais todo o bate-boca desnecessário entre torcedores de outros
times e do meu. Pois eu, apesar da paixão pelo meu time de coração e alma, não
consigo entender os porquês de tanta agressividade, das ofensas entre as
torcidas, e de tanta bobagem que ouvimos por aí; e por aqui. E isso me deixou
mesmo sem vontade, acabrunhada, para dizer qualquer coisa sobre nossas
conquistas. Murchei.
Murchei porque não me agradaram nada as ofensas e toda a raiva
que percebi, porque me decepcionou tanto a raiva dos outros torcedores quanto a
soberba exacerbada de alguns dos meus. Como algo que nos traz tanta alegria
como uma conquista inédita de nosso time, e que é sagrado para todo o torcedor,
não é respeitado por todos nós? Haveria alguma conquista que valesse a pena sem
adversários à altura? O que seria do Corinthians sem o Palmeiras, do Santos sem
o São Paulo, do Brasil sem a Argentina? Que graça há em termos um time do
coração se não sabemos respeitar os adversários que se apresentam do outro
lado? Não devemos nos importar mais com as nossas vistorias do que com as
vitórias ou derrotas alheias? Não?
Eu cresci vendo na casa de meus avós paternos duas flâmulas
penduradas na parede da sala: o Corinthians de minha avó Luiza, torcedora
praticante e fanática, e o Palmeiras de meu avô Luiz, verde que só pelo seu
verdão, conviveram durante mais de 60 anos animada e pacificamente numa casa
democrática. Por isso, apesar de saber que perturbar um pouco o outro faz parte
do jogo, aprendi com meus avós e com meu pai e minha mãe (que torce para quase
qualquer time, principalmente se este estiver a perder) que nunca devemos
perder o respeito por quaisquer adversários e suas conquistas, nunca. O que não
quer dizer que torcemos para eles; que fique claro. Mas, quer dizer, sim, que
nos sabemos seres inteligentes o bastante para entender que, paixões pelo
futebol à parte, nós nos queremos muito bem.
Um beijo a todos os meus amigos (torcedores de qualquer time),
e um beijo especial aos meus pais corintianos que me fizeram quem eu sou.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Palavras
variações sobre o mesmo tema...
Palavras (1)
Palavras (1)
Há palavras presas dentro deste mar.
Palavras com significados variados e distintos,
Pobres palavras que não aprenderam a nadar.
Algumas até chegam, vez ou outra, à superfície,
E qualquer um pensaria que são as mais fortes,
Aquelas que trazem sentido ao céu.
Mas não, apenas as tolas e leves podem ser ouvidas,
Aquelas que não machucam a ninguém.
As que fazem sentido estão presas pelos calcanhares,
Como condenadas por um crime, sem direito a visitas.
Um submarino resolveria este problema,
Dilema de um mar que parece calmo.
Mas há a claustrofobia desde pequena,
E apenas ao imaginar o mergulho o ar me falta,
A mente fica zonza e as mãos geladas.
Resta-me então esperar que chegue uma grande onda,
Onda imensa de uns trinta metros de altura.
Onda que varra tudo que está no fundo,
Que invada as minhas terras para que eu me deixe afogar.
Palavras (2)
Se houvesse talento
uma colher dele que fosse
e talvez tudo isso tivesse valido a pena
tivessem tido, então, todas as palavras ditas e escritas
algum valor verdadeiro
algo que fosse algo mais do que a expressão
egoísta de meus sentimentos
Se houvesse talento
gotas dele pelo menos
e provavelmente teriam sido belas as alegrias e a melancolia
mesmo que vividas sozinhas
e as palavras, quiçá, merecessem os sons
das bocas que pelo
mundo caminham,
e, quem sabe daí, algum dia
alguma palavra minha merecesse
o falar da boca daquele para o qual esta vida de palavras
foi escrita.
A poesia é uma cobra que morde o próprio rabo
Que não tem, e jamais terá início, meio e fim
Porque simplesmente a poesia não é assim
Ela pode ser grandiosa ou tola
Pode ter rima ou não rimar uma palavra
E isso importa pouco agora
Mas um fim claro, e um começo bem marcado
Ah, isso a poesia não tem
e não terá também
Palavras (3)
Apenas palavras
Montes delas
Pilhas delas:
textos frases poemas - meias palavras e canções inteiras
E mesmo que talvez haja alguma verdade
dentro de suas curvas e linhas desenhadas
dentro de suas curvas e linhas desenhadas
Mesmo que possamos chamar, a seu modo, de verdadeiros estes sentimentos
Ainda assim tivemos palavras
apenas.
As temos, tivemos, teremos
Montes delas
Pilhas delas
Palavras...
Palavras, e nada temos
Pois palavras não são nada
para além de um apanhado sem sentido de letras
Palavras
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
A dúvida
Insolúvel e sem solução é a dúvida:
sabe o amor morrer?
Pois, como esperar que morra
um sentimento que quiçá nem tenha existido
e seja nada além de ilusão?
Apenas um martírio inventado para cobrir o vazio
de uma vida que não tem graça e, por isso,
acha graça em cair-se em tal desgraça.
Porque se existe e é verdadeiro o amor não há de morrer,
e se morreu é porque foi fingimento;
um não sentimento.
Então, o que é isso que míngua dentro da gente?
Este mal-estar melancólico e abestado,
esta certeza de que, mais do que estar só,
se está abandonado.
Esta doença d’alma sem fim,
uma dor que caminha, incansável e sem parada certa,
a arrastar-se para uma nova morada por não caber bem
nalgum lugar qualquer.
Por vezes, ela nos amolece as pernas,
ao apertar a garganta mais do que qualquer corda
ou mão de homem feito; sem jeito.
Então, corre para o peito e o sufoca,
e por mais que tentemos respirar,
e por mais que tentemos respirar,
falta-nos o ar.
E, sem querer, o
coração perde
a noção do tempo e entra num ritmo descompassado;
desesperado e
angustiado por não saber o que fazer com todo
o seu bem-querer.
O que é isso que nos inunda e umedece a vida
para todo o sempre se não é o amor
que não sabe morrer?
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