brisa
Chegas calmo e leve,
brisa de verão,
a aquecer estas noites de inverno.
meu quente e confortável aconchego
que se transforma em vendaval
e, com toda sua força,
me assola, me consome,
e me devora
antes
de soprar
doce e suave
brisa novamente,
a ir-te para longe
de mim
como antes,
e sempre.
Uma flor para ti
Trouxe uma flor para ti, Maria-sem-Vergonha arrancada do jardim.
Gesto simples. Sei que é sem importância o presente,
E talvez não percebas a beleza da flor tão comum
Que colhi só para ti, para teu dia florir, sorrir.
Mas trouxe a flor que nasce a colorir os caminhos,
E ali permanece sem que ninguém queira,
Pequena amostra teimosa da natureza.
Hoje só para ti, minha Maria-sem-Vergonha,
Sem vergonha de ser assim sem razão,
E tola a olhar para ti.
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