domingo, 13 de fevereiro de 2011

Vontade... Verdade... Liberdade

Som e Fúria
Corre nas veias e nas ruas, a sombra da vida ao léu
Regras sem sentido e sem lógica, a razão de viver é imitar a vida
Dentro da casca, da armadura, protege-te.
Grite, rasgue tua pele e te liberte
Abre teus olhos, boca e poros, vê
Não existes e definhas
Tire o polimento e escarre teus medos na rua
Quebre as lentes, afie teus dentes. Põe-te louco a babar néctar de avelã
Mire o lume, sobe a dez mil pés de altura e paire sobre as nuvens cheias de ilusão
Rói a corda e as unhas, arranque os desvelos
Som e fúria
Vive, vem e perde a noção das horas
Sê rei sem coroa e mestre sem cerimônias
Afunde teu barco e nade com os peixes, baile com lulas e cavalos marinhos,
Enamora-te de sereias
Rompe laços, dê abraços e perde-te por inteiro
Crave unhas e dentes na carne com fúria
 e Som
Mente, desmente, pinte com tuas cores a tela que é tua
Derrete as formas nunca mortas de tua natureza
Vê, prove e cede tudo o que estiver em teu alcance
Lança-te em poço profundo, pule da ponte preso a fios de sonho
Num jump sem retorno
Inspire a mim e a ti, som
 e fúria
Sem dores, sem temores, sem lamúrias
Ri de ti e de todos, sê louco, vive assim
Até que tudo cesse, que cale o vento, que a luz apague
Esquece
Som e fúria em ti

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